É um folguedo que nasceu na Europa, que conta por meio da
música, a viagem das pastorinhas à Belém - cidade onde nasceu o menino Jesus.
No Brasil, chegou com os colonizadores, que através do teatro ensinado pelos
jesuítas, catequizavam os povos indígenas.
Hoje, o
pastoril não necessariamente apresenta trechos dramatizados, e trazem
basicamente a apresentação das jornadas encenada por jovens meninas.
As pastoras
recebem nomes de flores, e se apresentam obrigatoriamente em fileiras,
divididas em dois cordões: o encarnado liderado pela Mestra e posicionado no
lado esquerdo, e o azul, no lado direito, comandado pela Contramestra. Esta
posição das pastorinhas nos cordões originou grupos, que divididos em partidos,
possuem preferências por determinada cor.
Entre os
dois cordões, vestida com as duas cores, dança a Diana. Os outros personagens
variam de acordo com a região; entre eles podemos encontrar: a borboleta, a
cigana, a camponesa, a estrela, o anjo, o pastorzinho.
As cores vermelho e azul representam a
disputa entre cristãos e mouros, fazendo uma referência às lutas travadas na
Península Ibérica, pela conversão dos infiéis à Religião Católica, presentes
também em outras manifestações populares como a Cavalhada.
As músicas,
também conhecidas como jornadas, loas ou cançonetas, geralmente falam do
nascimento de Jesus, do significado do natal e de algumas personagens; sempre
acompanhadas com pandeiros. Geralmente são apresentadas em três ritmos diferentes:
marchinha, maxixe e valsinha.
O vestuário
das pastoras é composto de saias e coletes bordados, blusas brancas, meiões e
sapatilhas; na cabeça usam tiaras com flores, fitas ou pedras decorativas. Nas
mãos geralmente trazem pandeiros ou maracás.
O
espetáculo é acompanhado por instrumentos de percussão: surdo, tarol, saxofone,
violão, zabumba e pandeiro. Hoje, devido ao alto custo cobrado pelas
orquestras, muitos grupos se apresentam ao som de Cd.
http://www.recife.pe.gov.br/fccr/cadastro/natalino5.php
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