Ola meu nome é Bianca
Pastoril
São cantos ou
louvações que, em outras épocas, eram entoados, diante do presépio, nas
noites de
Natal, e mais especialmente na véspera, para aguardar a celebração da Missa
do Galo.
Representavam a visita dos pastores ao estábulo de Belém, com ofertas,
louvores e
pedidos de benção. Os pastoris foram evoluindo para os autos, pequenas
peças de
sentido apologético, com enredo próprio, divididos em episódios com o nome
de “jornadas”,
denominação ainda mantida em todo o Nordeste do Brasil. A jornada
equivalia a
“ato” ou “cena”, que podia variar de número. Para essas representações
convergiam
assuntos de outros como: Reisados, Janeiras e as antigas Pastorais que eram
apenas
o canto em uníssono, em frente do presépio, de um grupo fingindo os pastores.
Personagens
As Pastorinhas
são as responsáveis pelo desenvolvimento do tema, transformando
sua
atuação em
verdadeiros entreatos do pastoril, isto porque entre uma e outra cena, elas
aparecem com o
objetivo de estabelecer ligações entre as jornadas e, ao mesmo tempo,
animar os
espectadores com suas músicas, coros e evoluções. Vestem-se à caráter,
distribuídas
nas cores azul e encarnado, de acordo com o cordão ao qual pertencem. É
comum usarem
na cabeça, ao invés de lenço, diademas floridos ou feitos em cartolina
com areia
prateada. Usam colares reluzentes e alpargatas. A Diana,
guia do grupo, é um
misto dos dois
cordões, isto é, sua veste é azul e encarnado. A Mestra
e a Contra-
Mestra
dos cordões vestem-se igualmente. Todas conduzem instrumentos
rítmicos,
como pandeiros
ou outros tipos semelhantes, fabricados pelos próprios elementos. Os
Pastores
e Pastoras que tomam parte nos diversos diálogos
apresentam-se com uma
bengala,
símbolo dos pastores. As Ciganas –
símbolo do mistério e da fatalidade
correspondem
às antíteses do mal e do bem. O Zabumba com
seu instrumento
retumbante é o
personagem cômico da peça, tendo quase a mesma função do Careta do
Bumba-meu-boi.
A Borboleta é o personagem mais puro e mais
belo. Representa a
próprio
natureza. Os demais personagens como: Africano, Galego e outros, são
funcionais,
variando de região para região.
Enredo
No Ceará, como
em todo Nordeste, os autos Pastoris são grupos de pastoras, divididos
em duas filas
paralelas: uma chamada Cordão Azul e outra Cordão Encarnado,
conduzindo
cada elemento, um pandeiro colorido. Inicialmente se dá a Anunciação do
Anjo à Maria
sobre a vinda do Espírito Santo, que a fará conceber o Filho de Deus. Na
jornada
seguinte, os Pastores recebem o aviso da Estrela Guia sobre o nascimento de
Cristo, ao
mesmo tempo em que o anjo exalta este evento, cantando.
“Glória,
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